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há algum tempo, eu pensei em te escrever. aliás, pensei nisso várias vezes, mas sempre desistia na primeira palavra.
sempre que eu te via por aí eu me perguntava:
onde foi que a gente se perdeu?
como fomos capazes de brigar de forma tão avassaladora?
nós simplesmente esquecemos o sentido da melhor amizade. foram tantas críticas explicitas e ofensas maldosas que acabamos perdendo o equilíbrio de algo tão cuidadosamente construido. avançamos em sentidos opostos e despencamos feito uma ponte mal feita. vimos nossos alicerces sendo destruídos por acusações e berros, e não fizemos nada por nós. ambas entramos num estágio de descontrole emocional tão foda que mal conseguíamos nos suportar, e quando vimos, estávamos quebrando nossas promessas de amizade e companheirismo. abandonamos uma a outra sem olhar pra trás, e ressentidas e zangadas seguimos nossas vidas. foi triste ver, que depois de tantos planos e sonhos, tudo o que de repente sentíamos uma pela outra era um imenso desafeto. o que aconteceu depois, provavelmente foi consequência de mágoa - embora eu saiba que algumas coisas realmente foram inevitáveis - e é por isso que não vou desfiar o passado, não hoje. por que hoje percebo que tu não foi tão insensível e arrogante como eu te acusei, e nem eu fui tão melodramática como tu me julgou. o problema foi que a falta de maturidade e a paranóia superou a poesia da nossa amizade, e como diz o ditado, o caldo engrossou. uma bigorna invisivel empurrou nosso amor pra um lugar fundo, mas felizmente não tão fundo quanto imaginávamos. a prova disso é que mesmo depois de tudo que aconteceu, nós conseguimos novamente entrelaçar os fios da nossa amizade com uma boa - e não tão simples - conversa.
e agora quem diria, hein? nós num momento vale a pena ver de novo, deixando no ar a velha pergunta que não quer calar: vai ser tudo como antes? isso me faz sorrir, porque sinceramente, eu não faço a menor idéia. acho que agora o momento é só de resgatar o que foi bom, e tentar tornar tudo colorido de novo, aí a gente vê no que vai dar. nosso feliz recomeço foi apenas um reflexo do que sentíamos por dentro, e não poderia haver momento melhor para me declarar oficialmente sua velha nova amiga - não a melhor como antes - mas amiga a ponto de celebrar novamente contigo suas conquistas e alegrias. é bom saber que você não esteve sozinha, e que contou com apoio de quem sempre te quis bem. saiba que eu nunca te quis mal, e que a minha maior tristeza era carregar comigo a idéia absurda de que você me tinha como uma inimiga. é um alívio, minha amiga, dividir a mesma cerveja e sorrir o mesmo sorriso contigo, mais uma vez. tenho pra mim que se nossa vida fosse um filme, este seria um belo de um final feliz, e você sabe, finais felizes sempre me emocionam.
sempre que eu te via por aí eu me perguntava:
onde foi que a gente se perdeu?
como fomos capazes de brigar de forma tão avassaladora?
nós simplesmente esquecemos o sentido da melhor amizade. foram tantas críticas explicitas e ofensas maldosas que acabamos perdendo o equilíbrio de algo tão cuidadosamente construido. avançamos em sentidos opostos e despencamos feito uma ponte mal feita. vimos nossos alicerces sendo destruídos por acusações e berros, e não fizemos nada por nós. ambas entramos num estágio de descontrole emocional tão foda que mal conseguíamos nos suportar, e quando vimos, estávamos quebrando nossas promessas de amizade e companheirismo. abandonamos uma a outra sem olhar pra trás, e ressentidas e zangadas seguimos nossas vidas. foi triste ver, que depois de tantos planos e sonhos, tudo o que de repente sentíamos uma pela outra era um imenso desafeto. o que aconteceu depois, provavelmente foi consequência de mágoa - embora eu saiba que algumas coisas realmente foram inevitáveis - e é por isso que não vou desfiar o passado, não hoje. por que hoje percebo que tu não foi tão insensível e arrogante como eu te acusei, e nem eu fui tão melodramática como tu me julgou. o problema foi que a falta de maturidade e a paranóia superou a poesia da nossa amizade, e como diz o ditado, o caldo engrossou. uma bigorna invisivel empurrou nosso amor pra um lugar fundo, mas felizmente não tão fundo quanto imaginávamos. a prova disso é que mesmo depois de tudo que aconteceu, nós conseguimos novamente entrelaçar os fios da nossa amizade com uma boa - e não tão simples - conversa.
e agora quem diria, hein? nós num momento vale a pena ver de novo, deixando no ar a velha pergunta que não quer calar: vai ser tudo como antes? isso me faz sorrir, porque sinceramente, eu não faço a menor idéia. acho que agora o momento é só de resgatar o que foi bom, e tentar tornar tudo colorido de novo, aí a gente vê no que vai dar. nosso feliz recomeço foi apenas um reflexo do que sentíamos por dentro, e não poderia haver momento melhor para me declarar oficialmente sua velha nova amiga - não a melhor como antes - mas amiga a ponto de celebrar novamente contigo suas conquistas e alegrias. é bom saber que você não esteve sozinha, e que contou com apoio de quem sempre te quis bem. saiba que eu nunca te quis mal, e que a minha maior tristeza era carregar comigo a idéia absurda de que você me tinha como uma inimiga. é um alívio, minha amiga, dividir a mesma cerveja e sorrir o mesmo sorriso contigo, mais uma vez. tenho pra mim que se nossa vida fosse um filme, este seria um belo de um final feliz, e você sabe, finais felizes sempre me emocionam.
"A amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade!
Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir"
Fundo de Quintal.
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