11.25.2010

better together

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há algum tempo, eu pensei em te escrever. aliás, pensei nisso várias vezes, mas sempre desistia na primeira palavra. 

sempre que eu te via por aí eu me perguntava:

onde foi que a gente se perdeu?

como fomos capazes de brigar de forma tão avassaladora?

nós simplesmente esquecemos o sentido da melhor amizade. foram tantas críticas explicitas e ofensas maldosas que acabamos perdendo o equilíbrio de algo tão cuidadosamente construido.  avançamos em sentidos opostos e despencamos feito uma ponte mal feita. vimos nossos alicerces sendo destruídos por acusações e berros, e não fizemos nada por nós.  ambas entramos num estágio de descontrole emocional tão foda que mal conseguíamos nos suportar, e quando vimos, estávamos quebrando nossas promessas de amizade e companheirismo. abandonamos uma a outra sem olhar pra trás, e ressentidas e zangadas seguimos nossas vidas. foi triste ver, que depois de tantos planos e sonhos, tudo  o que de repente sentíamos uma pela outra era um imenso desafeto. o que aconteceu depois, provavelmente foi consequência de mágoa - embora eu saiba que algumas coisas realmente foram inevitáveis - e é por isso que não vou desfiar o passado, não hoje. por que hoje percebo que tu não foi tão insensível e arrogante como eu te acusei, e nem eu fui tão melodramática como tu me julgou. o problema foi que a  falta de maturidade e a paranóia superou a poesia da nossa amizade, e como diz o ditado, o caldo engrossou. uma bigorna invisivel empurrou nosso amor pra um lugar fundo, mas  felizmente não tão fundo quanto imaginávamos. a prova disso é que mesmo depois de tudo que aconteceu, nós conseguimos novamente entrelaçar os fios da nossa amizade com uma boa - e não tão simples - conversa. 

e agora quem diria, hein? nós num momento vale a pena ver de novo, deixando no ar a  velha pergunta que não quer calar: vai ser tudo como antes? isso me faz sorrir, porque sinceramente, eu não faço a menor idéia. acho que agora o momento é só de resgatar o que foi bom, e tentar tornar tudo colorido de novo, aí a gente vê no que vai dar. nosso feliz recomeço foi apenas um reflexo do que sentíamos por dentro, e não poderia haver momento melhor para me declarar oficialmente sua velha nova amiga - não a melhor como antes - mas amiga a ponto de celebrar novamente contigo suas conquistas e alegrias. é bom saber que você não esteve sozinha, e que contou com apoio de quem sempre te quis bem. saiba que eu nunca te quis mal, e  que a minha maior tristeza era carregar comigo a idéia absurda de que você me tinha como uma inimiga. é um alívio, minha amiga, dividir a mesma cerveja e sorrir o mesmo sorriso contigo, mais uma vez. tenho pra mim que se nossa vida fosse um filme, este seria um belo de um final feliz, e você sabe, finais felizes sempre me emocionam.


"A amizade nem mesmo a força do tempo irá destruir
Somos verdade!
Nem mesmo este samba de amor pode nos resumir"



Fundo de Quintal.

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11.23.2010

infinito de palavras

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pensar é ir atrás.
é ir mais além.
é trazê-lo pra você.
toda hora.
todo minuto.

nem tua alma descansa.
nem a dele.

sentir é pior que tê-lo.

talvez se tu o tivesse,
tu deixaria de senti-lo.

seria mais calmo.

teria mais calma.


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meu querido, tuas palavras daí , sempre me dizem a verdade, sempre.
daqui, eu te amo, daqui eu te ouço, daqui, eu te dedico minha amizade, ou seja lá o que mais isso for.




http://www.palavrasperfeitas.blogspot.com/


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11.21.2010

acordei meio chico

pra morrer de tristeza hoje falta um triz.

Já lhe dei meu corpo
Minha alegria
Já estanquei meu sangue
Quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta
Pro desfecho da festa
Por favor...
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água


Chico.

11.20.2010

acordei meio raul seixas.

"a frieza do relógio, não compete com a quentura do meu coração, coração que bate 4 por 4, sem lógica, sem lógica e sem nenhuma razão." Coração Noturno.




11.17.2010

aos pedaços

"a vontade de amar está em mim. está na minha identidade, na minha genealogia, no meu endereço, e em todos os papéis que escrevo meu nome."
 
"eu continuo andando por aí, com um amor inflamável dentro do peito, como uma granada sem pino. eu só preciso de um pouco de sossego.

"essa busca insana por amor nos deixa cegos. e nem notamos, que o amor, está nas coisas mais simples e triviais. ficamos tão ansiosos que quando conhecemos alguém, algo grande dentro da gente nos confunde."

"me sinto cansada de viver me perdendo e me encontrando em olhares que não são meus."

"minha boca hoje só traga cigarros e dores. hoje vou maldizer o amor, e me embriagar de tristeza, quem sabe ela se transforme em beleza, e quem sabe, eu encontre de novo minha fé. por hoje minha canção está perdida."


 
"carrego todos os meus sonhos no meu sorriso." 

eu mudo o tempo todo. eu mudo pra tentar ser melhor. eu mudo pra tentar ser feliz. e hoje eu chorei pra mudar, e não consegui. hoje eu sou a mesma garota de dez anos atrás, indefesa e vulnerável, que se expõe, que se dá, e que sofre ouvindo a música mais linda do roberto carlos. 

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Olha você tem todas as coisas
Que um dia eu sonhei prá mim
A cabeça cheia de problemas
Não me importo, eu gosto mesmo assim
Tem os olhos cheios de esperança
De uma cor que mais ninguém possui
Me traz meu passado e as lembranças
Coisas que eu quis ser e não fui
Olha você vive tão distante
Muito além do que eu posso ter
E eu que sempre fui tão inconstante
Te juro, meu amor, agora é prá valer
Olha, vem comigo aonde eu for
Seja minha amante, meu amor
Vem seguir comigo o meu caminho
E viver a vida só de amor

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sem tempo, sem inspiração



"How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here"
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Gilmour, não à toa, meu pink floyd favorito. 

11.11.2010

I did all my best to smile

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outro dia eu disse aqui, que assisto a todo e qualquer filme, mas exceto Trainspotting e Réquiem para um sonho, filmes sobre viciados, raramente estão na minha lista de filmes pra um gostoso sábado à tarde. entretanto, às vezes acontece, e há mais ou menos uma semana, por acaso, vi esse filme.

Candy.

Candy (Abbie Cornish) é uma linda pintora , e Dan (Heath Ledger) é um charmoso poeta. os dois se apaixonam e entram numa viagem apaixonante e deprimente, muito próxima do real. eles acreditam que a felicidade não tem limites e se entregam a tudo, se viciando um no outro, e também em heroína. eles se unem pelo amor e pela droga, se tornando frágeis e autodestrutivos. sem chocar com imagens fortes ou apelos sensacionalistas, Candy e Dan se perdem num mundo de luxúria, vícios e decadência, tudo de forma intensa e por vezes até singela. todo o drama dos dois é retratado de uma forma absurdamente sensível, e isso me fez torcer a cada minuto por um final mais feliz, ainda que a auto-destruição de ambos fosse inevitável. enquanto os dois entram lentamente em decadência, o amor ruma para um trágico fim, despertando  em mim compaixão por esses dois personagens desesperados. o filme é uma poesia trágica e fala sobre dificeis escolhas, tendo como pano de fundo o peso das drogas. Neil Armfield, abordou de uma forma sutil um tema já bastante explorado, e apostou na intensidade do romance, o que fez valer tudo, ao menos pra mim. mesmo que tenha passado longe da estética de "Réquiem para um Sonho", ou da tensão angustiante de "Trainspotting", ele conseguiu enfatizar o terrível efeito da heroína, colocando o amor no meio de tudo, tornando o filme comovente, sem sombra de dúvida. "Candy" é, com toda certeza, bem-escrito, bem dirigido, e lindamente interpretado. e como eu não poderia deixar de comentar, a trilha sonora densa, também não deixa a desejar, especialmente Song To The Siren - Tim Buckley, que encerra o filme, lascando meu coração em pedaços no chão. 



Song to the Siren 
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Nos oceanos que flutuam sem barcos
Fiz o melhor que pude para sorrir
Até que o cantar dos seus olhos e dedos
Me levaram o amor até a sua ilha


E você cantava navegue até mim navegue até mim;
Deixe-me envolver você


Aqui estou, aqui estou, esperando para abraçar você
Eu sonhei que você sonhou comigo?
Eu estava navegando quando você estava aqui?


Agora meu barco insensato está virando abandonando o amor em suas pedras
Por você ter dito "Não me toque, não me toque, volte amanhã.
Oh meu coração, oh meu coração, se esconde da tristeza.
Eu estou perplexo como um recém-nascido.
Eu estou confuso como a maré.
Devo permanecer por entre as ondas?
Ou devo estar com a morte de minha amanda?


Ouça-me cantar "Nade até mim, nade até mim, deixe-me envolver você.
Aqui estou, aqui estou, esperando para abraçar você.
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sem mais.
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11.09.2010

amores inventados

cansei de inventar nosso amor. cansei de você. logo de você, que foi centenas de coisas diferentes que eu senti em um dia. lembro quando caí na tua conversa e te dei o direito de transformar meus dias em céu e inferno. te dei permissão pra ser o espelho dos meus sonhos, mas vez ou outra você refletia meus pesadelos. você foi o único sorriso que eu quis de ver todos os dias e tudo que você fazia era me olhar com olhos orgulhosos de quem finge não saber o que quer.  você poderia ter sido aquele amor que dura, sem sombras do passado, mas não, você preferiu ser fulgaz. você tinha meu sorriso sincero como souvenir mas sempre que podia colecionava mais uma lágrima. era cansativo tentar ser perfeita. era desgastante amar alguém que exigia tudo quando bem queria e me dava tão pouco. você chegava com meia dúzia de qualidades e se achava no direito de querer todo meu amor. você nunca tentou traduzir meus gestos estranhos, meu silêncio e meu olhar vazio. você só reclamava da minha insegurança e eu ficava calculando as perdas e os danos que o fim do nosso amor inventado ia me causar. nós nunca paramos pra só ser feliz, simplesmente. às vezes você chegava com um sorriso enigmático na boca, e me envolvia com braços quentes, me fazendo derreter como um iceberg debaixo de um sol escaldante, e me confortava com palavras carinhosas me fazendo esquecer as grosserias da noite anterior. você podia fingir que não, mas sabia muito bem o que fazia, e sabia muito bem como me amar. sem mais nem menos, você me falava absurdos de amor, e quando resolvia dar carinho, nunca economizava. me dizia baixinho que fazia assim porque tinha medo que eu te deixasse. você usava meus defeitos como munição para brigas e depois dizia com tom de arrependimento: não foi isso que eu quis dizer. eu desculpava sua fraqueza, presumindo que vc desculparia as minhas mais na frente. nunca usei desculpas para fugir do teu abraço, porque isso seria demais. você costumava ficar calado quando eu começava com meus delirios de amor, mas nunca, em hipótese alguma, foi ríspido, só porque você não conseguia acompanhar minha imaginação. entretanto, sempre colocava nosso amor em cima de uma bomba relógio, só porque eu cometia um erro estúpido. nosso amor era bom e ruim. ora era céu, ora era inferno. nem sei se era mesmo amor, ou só um grande capricho seu, ou nosso. tipo aquela música do cazuza 'o teu amor é uma mentira que a minha vaidade quer'. você dizia que adorava ver minhas calcinhas no box do seu banheiro, de me ver dormindo no seu travesseiro, e de fazer amor desesperadamente no sofá da sala. o problema é que você queria mais. você queria amar e ser livre pra ir e voltar. queria se afastar e voltar pros meus braços como se tivesse passado apenas um dia. você me fazia feliz e triste. e esse jeito estranho de amar nunca me fez bem. você me fez parar de sorrir, e não foi de repente que eu cansei de inventar nosso amor. eu tentei te fazer feliz assim, e tentei aguentar teus abusos, mas o amor que tinha em mim, não deu. eu fui mais eu. e hoje, longe de você, não diria que estou mais feliz, mas com certeza, sem traços de arrependimento, estou muito mais em paz. 
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a propósito, sempre fico sem tempo quando chega novembro, e por isso não tenho retribuido as visitas de alguns de vocês. perdoem minha ausência, minha gente linda que acompanha meu drama existencial, mas meu tempo tem sido dinheiro, e isso me faz lembrar daquela música dos saudosos mamonas assassinas, money que é good nós num have.  

'vocês não sabem como é frustante, ver sua filhinha chorando por um colar de diamante.' 



risos cansados. beijos.

11.08.2010

crises

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há pouco mais de um ano, no momento em que resolvi criar novamente um blog, eu estava ouvindo rita lee. mais precisamente, a música baila comigo. foi algo espontâneo, e sem rodeios. escolhi o nome sem pensar muito. pensei: vai ser esse (baila comigo), afinal, eu só fazia freela, e vivia feito bicho preguiça, num eterno domingo. o trabalho era pouco, mas pelo menos tinha sorte no amor. daí acordei numa fucking crise existencial, achando o mundo feio e mau, super cansada de ter que ser esforçada, de ter que ser adulta, de ter que trabalhar muito, e de ter que ser criativa e carismática pra criar um fucking mailing legal - senão perco o emprego - e mais cansada ainda de não ter ninguém no fim do dia pra ficar dizer que me ama e me beijar muito até eu dormir. sou carente, beijos

e pra completar, além de todo o clichê atribuido a crises existencialistas, eu também fiquei  horas imaginando como seria minha vida sem as redes sociais e sem celular. imagine só, viver de brisa, virar pescadora, ou sei lá. anyway, não estou com cabeça agora para profundas reflexões sobre a vida, sobre o amor, ou sobre a solidão. eu só consigo pensar em desligar o celular por uma semana, ficar off, e fazer como na música da rita lee: passar a semana feito bicho preguiça no meu esconderijo. e pra tornar tudo mais dramático, adoraria passar o dia comendo double cheddar, com fritas e coca-cola até não caber mais naquele shortinho, assistindo qualquer filme que não me faça pensar. e só. 

11.03.2010

plágio é crime.

mas todo mundo sabe disso não é?

Não!

bem, eu não sei por onde começar. a raiva passou um pouco, e agora sinto uma pena indescritivel. pena de um garoto chamado Marcelo Novais. o garoto FDP, que achou que nunca iria ser descoberto. Rá! pensou que roubar textos de outra pessoa era bobagem, veio aqui, arrazou no Ctrl + C  Ctrl + V, e tcharam! só que Marcelo é tão imbecil, que nem capaz de mudar os títulos ele foi. é bondade minha dizer que ele plagiou, mas a verdade é que ele copiou tudo, inclusive os erros. não sei o que dizer pra ele, nem sobre ele. espero que ele goste deste texto, e copie também. será que ele vai gostar? será que ele vai achar a cara dele? own. 

tipo, ele roubou meus amores, meus sorrisos, e até minhas tristezas (vou chorar, beijos). copiou e colou, como quem não quer nada, sem o menor respeito. recebeu elogios por algo que ele não fez, e isso é doentio.  pobre coitado, é um gay invejoso. quase um gay do mal. e eu odeio gays do mal. tenho nojo de pessoas que tem má fé no coração. não tem nada pra escrever? então deleta a fucking-merda-do-teu-blog. o problema é que pessoas assim não tem muito discernimento do que é certo  ou errado, e tenho absoluta certeza que ele deve estar lendo e achando isso tudo muito divertido.

Marcelo, não custava nada um mísero link de retorno, e eu gostaria do fundo do meu machucado coração, de entrar no seu blog em breve, e não ver nenhum texto meu. se tu não é capaz nem de desejar felicitações de fim de ano, e precisa vir roubar aqui, se mata. fica a dica. entendido?

faça isso por mim, e por uma blogosfera mais feliz.


- os mais recentes foram:


e até um texto bobo que escrevi pra minha amiga iaiá, tava lá.



é meus caros amigos, como raiva faz mal pra cútis, eu só posso é lamentar.




sem mais para o momento.
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