Silêncio por favor
- persistente esperança. esse deveria ser o sobrenome dela. ainda que as inspirações românticas lhe escapem os dedos, e sua veia poética esteja entupida, ela não perde mesmo que queira, o sorriso largo e meio sarcástico no rosto. ela sorri de si mesma, como se sua vida fosse um circo e ela o maior espetáculo. sua personalidade carismática e impetuosa fazem dela o que ela é. ela sempre teve um senso de justiça fora do comum e um dom especial para se entusiasmar e entusiarmar quem estivesse à sua volta. mas agora é ela quem precisa de entusiasmo, e um pouco de justiça. por mais que ela acredite em si mesma, ela não consegue mais acreditar nos outros. ela para e escuta mutantes pra fugir de si mesma. ela ouve música pra esquecer de quão hostil o mundo pode ser. ela não sente mais vontade de ser solícita. nem de ser humana. ela só sente vontade de ser evil. é que ela sempre deu demasiado valor a pessoas superficiais[envoltas em sua cápsula protetora]. tudo culpa de sua mente pueril, que sempre fez com que ela se deslumbrasse facilmente com uma frase ou com um olhar ou com um céu azul. e na sua eterna inconstância e intensidade, sempre foi muito sincera consigo e com os outros ao seu redor. ela era assim, se doava por inteira. e por isso, algumas coisas na sua memória são indeléveis e isso a machuca. ela não é de guardar rancores, isso não. mas vez ou outra o canto de sua alma dói. dói por ela não entender o porquê de algumas pessoas terem sido tão inescrupulosas. claro que isso nunca descoloriu seu dia, e nunca a tornou amarga. mas ela é humana. até demais. e às vezes a melancolia ecoa dentro dela. ela sempre foi dessas que arrota um palavrão atrás do outro desmedidamente quando é magoada. mas ela se sente tão fraca, e tão desprotegida, que nem mesmo proferir ofensas ela consegue. e de tão perdida e tão sem graça, mesmo achando por demais tolo escrever na terceira pessoa sobre si mesma, ainda assim, ela escreve.
ela, tardiamente, percebeu que enquanto ela for mimada, impetuosa, impulsiva, inconsequente e ácida, tudo que poderia ser bom, vai se afastar aos poucos. e esse seu recente tormento a fez pensar que ela tem a sindrome de 'sou o umbigo do mundo' [devido essa mania de transformar má fases em crises homéricas] mas de repente ela lembra que exagero é uma caracteristica intríseca a sua personalidade, e então sorri irônicamente.
-
ela leu que da felicidade triste nasce uma poesia, o problema é que suas veias poéticas ainda estão entupidas com um pouco de fel, no entanto ela vai colocando palavras aqui e ali, sem rimas, sem exclamações, e sem beleza poética alguma, acreditando [ainda que com pouca esperança] que se a felicidade na sua vida é efêmera, essa tristeza também será. ela começa a pensar com um pouco mais de otimismo, por que no fundo, beeeem láááá no fundo, ainda resta um resquício de fé.
- isto será um prenúncio de que as coisas estão melhorando?
Enquanto esqueço um pouco a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Não diga nada
sobre meus defeitos
Eu não me lembro mais
quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
- persistente esperança. esse deveria ser o sobrenome dela. ainda que as inspirações românticas lhe escapem os dedos, e sua veia poética esteja entupida, ela não perde mesmo que queira, o sorriso largo e meio sarcástico no rosto. ela sorri de si mesma, como se sua vida fosse um circo e ela o maior espetáculo. sua personalidade carismática e impetuosa fazem dela o que ela é. ela sempre teve um senso de justiça fora do comum e um dom especial para se entusiasmar e entusiarmar quem estivesse à sua volta. mas agora é ela quem precisa de entusiasmo, e um pouco de justiça. por mais que ela acredite em si mesma, ela não consegue mais acreditar nos outros. ela para e escuta mutantes pra fugir de si mesma. ela ouve música pra esquecer de quão hostil o mundo pode ser. ela não sente mais vontade de ser solícita. nem de ser humana. ela só sente vontade de ser evil. é que ela sempre deu demasiado valor a pessoas superficiais[envoltas em sua cápsula protetora]. tudo culpa de sua mente pueril, que sempre fez com que ela se deslumbrasse facilmente com uma frase ou com um olhar ou com um céu azul. e na sua eterna inconstância e intensidade, sempre foi muito sincera consigo e com os outros ao seu redor. ela era assim, se doava por inteira. e por isso, algumas coisas na sua memória são indeléveis e isso a machuca. ela não é de guardar rancores, isso não. mas vez ou outra o canto de sua alma dói. dói por ela não entender o porquê de algumas pessoas terem sido tão inescrupulosas. claro que isso nunca descoloriu seu dia, e nunca a tornou amarga. mas ela é humana. até demais. e às vezes a melancolia ecoa dentro dela. ela sempre foi dessas que arrota um palavrão atrás do outro desmedidamente quando é magoada. mas ela se sente tão fraca, e tão desprotegida, que nem mesmo proferir ofensas ela consegue. e de tão perdida e tão sem graça, mesmo achando por demais tolo escrever na terceira pessoa sobre si mesma, ainda assim, ela escreve.
ela, tardiamente, percebeu que enquanto ela for mimada, impetuosa, impulsiva, inconsequente e ácida, tudo que poderia ser bom, vai se afastar aos poucos. e esse seu recente tormento a fez pensar que ela tem a sindrome de 'sou o umbigo do mundo' [devido essa mania de transformar má fases em crises homéricas] mas de repente ela lembra que exagero é uma caracteristica intríseca a sua personalidade, e então sorri irônicamente.
-
ela leu que da felicidade triste nasce uma poesia, o problema é que suas veias poéticas ainda estão entupidas com um pouco de fel, no entanto ela vai colocando palavras aqui e ali, sem rimas, sem exclamações, e sem beleza poética alguma, acreditando [ainda que com pouca esperança] que se a felicidade na sua vida é efêmera, essa tristeza também será. ela começa a pensar com um pouco mais de otimismo, por que no fundo, beeeem láááá no fundo, ainda resta um resquício de fé.
- isto será um prenúncio de que as coisas estão melhorando?
Cuidado meu amigo
Não vá se estrepar
Não queira dar um passo mais largo
Que as pernas podem dar
Não se iluda com um beijo
Uma frase ou um olhar
Não vá se perder por aí...
(...)
Veja bem como vem
Vai vem se ela vai também
Você é bem grandinho
Já pode se cuidar e
Ir seguindo o seu caminho
Sempre errando até um dia acertar
Mas não tenha muita pressa
Vá tentando devagar
Só não vá se perder por aí...
Os Mutantes.
Não vá se estrepar
Não queira dar um passo mais largo
Que as pernas podem dar
Não se iluda com um beijo
Uma frase ou um olhar
Não vá se perder por aí...
(...)
Veja bem como vem
Vai vem se ela vai também
Você é bem grandinho
Já pode se cuidar e
Ir seguindo o seu caminho
Sempre errando até um dia acertar
Mas não tenha muita pressa
Vá tentando devagar
Só não vá se perder por aí...
Os Mutantes.
Agora tá na hora de resgatar a música do Raul. Beijo.
ResponderExcluirNossa, que coisa mais linda esse texto. Não precisa ter rima, nem ser verso. A leveza e a veracidade com que escreve torna as linhas emocionantes e deliciosas de se ler.
ResponderExcluirAlém disso, a cada nova linha, parecia que o texto falava de mim.
Adorei teu espaço, estou seguindo, tá? ;)
Obrigada pela visita e pelo comentário lá no blog, fique à vontade pra visitar sempre que quiser. ;) Beijos!
nunca se sabe quem se é...
ResponderExcluirbelo blog
Sabe quando você entra num lugar e se sente como se estivesse em casa?
ResponderExcluirFoi o que senti ao entrar aqui.
Como se te conhecesse desde muito tempo, como se parte do que escreveu fosse meu. rs
Escreve tão lindo, tão lindo que meus olhos ficaram marejados.
.. por parecer tanto comigo, principalmente nos detalhes.
Eu li e senti vontade de reler, e reli.
E vou adicionar nos favoritos.. Pra ser uma das primeiras a ler você quando postar.
Foi um prazer.
beijo!
"vez ou outra o canto de sua alma dói"
Esse tipo de pessoa dança, e não é no bom sentindo não. Não to indo bem como poetisa não, vou voltar aos meus textos normais. Abraço.
ResponderExcluiré olhando nos mesmo com a Terceira Pessoa, que vejos, rimos, choramos, e sabemos que somos apenas, nada mais que humanos de Nos mesmos.
ResponderExcluirBelo Texto! Moça que Dança!
Grande Abraço!
Poxa não fica triste não. Saiba que o burrinho da felicidade nunca se atrasa....
ResponderExcluirMuito bommmm mesmo.
ResponderExcluirAdoro demais textos do genêro do seu.
Excelente texto e blog muito legal :D
Como assim ouviu quase "aquilo" kkk???? NOSSA *_*
Beijo e apareça sempre :D
bem, normal/ costumo citar os excertos de que mais gosto e aquelas passagens com as quais mais me identifico mas a verdade é que t-o-d-o este texto precisava de ser selecionado porque nao sei escolher as melhores partes. Todo ele é um tesouro!
ResponderExcluirUm beijinho *
Sim, eu danço com vc...rs
ResponderExcluirVou ler mais das coisas que tem aqui...
Reparar se vc é sempre assim...rs
Ela ainda acredita que amanhã o céu poderá ser azul e não mais esse cinza de lágrimas...
ResponderExcluir/eu na terceira pessoa. =/
Gosto das suas palavras e me vejo em muitas delas.
Beijinhos
se cuida!
ok, tô adorando esse seu gosto musical :)
ResponderExcluiracho que temos muitas coisas em comum...
ResponderExcluirgosto muito de passar por aqui e me reencontrar.
beijocas estaladas, bonita!
Ei mulher... vc escreveu uma coisa que falou comigo.. como eu sempre fui e estou tentando evitar ao máximo...
ResponderExcluir.."ela só sente vontade de ser evil. é que ela sempre deu demasiado valor a pessoas superficiais[envoltas em sua cápsula protetora]. "...
Somos bobas e não conhecemos as pessoas.. nunca iremos conhecer profundamente ninguém, assim como custamos a conhecer a nós mesmos!!
Lindo texto. como sempre!!
Bjos
Desculpa o palvrão, mas terei que dizer.
ResponderExcluirCARALHO!! Que coisa mais perfeita.
Conheço uma pessoinha que é bem assim, se identificou MUITO.
Nossa. Eu fico encantada com a forma simples e bela que vc escreve. Meu Deus, estou tão bestificada de um jeito que nem encontro palavras pra comentar. EU AMEI SEU LUGAR!!
Coisa mais linda do mundo foi ter esbarrado com seu blog!
=**
Finda a pausa
ResponderExcluirno milésimo compasso
ainda triste me desfaço
da solene causa
e aguardo dia 23
quando tudo começa outra vez
melhorando? sim, talvez, pq não? não custa nada ser otimista...
ResponderExcluire a minha vida é uam comédia e eu sou a única q não dou gargalhadas por isso, pq será?
bjs
muito bom! estou estudando a Tropicália em história, adoro isso.
ResponderExcluirhahahahahah, fique a vontade pra roubá-los :)
Incrivel seu texto!
ResponderExcluir''ela sorri de si mesma''
beijos
A esperança é a ultima que morre. Ou nao? dksapokdpoaskdkd
ResponderExcluirAdorei o poeminha no final. Parabeéns.
E o curioso é que eu estava fazenbdo uma referência à música dia 36 dos Mutantes ...
ResponderExcluirquando comecei a ler, achei que tu me conhecia e que tinha escrito sobre mim.
ResponderExcluirdesculpa! é a síndrome de umbigo do mundo.
E isso realmente parece um sinal de melhora. Com exceção da síndrome e de outros detalhes, me identifiquei bastante nessas palavras...
ResponderExcluirMesmo que a crise venha e as poesias sumam... o importante é não parar nunca.
Beijos, moça!
Danceeeeei muito ;)
ResponderExcluir'' e de tão perdida e tão sem graça, mesmo achando por demais tolo escrever na terceira pessoa sobre si mesma, ainda assim, ela escreve.''
Defeitos, mas quem os tem... aqui ninguém tem defeitos, sabia?
ResponderExcluirBola p'ra frente
Bom findi
Luna,
ResponderExcluirIndiquei seu blog pra receber dois selos. Espero que você goste...
bjks
http://blogdapatgirl.blogspot.com/2009/10/to-poderosa-que-so-vendo.html
Meu bem,
ResponderExcluirAs coisas estão sempre melhorando... a gente, às vezes, é que piora.
Cara, você tem um puuuuuta talento e uma mente que puuuta que pariu...
Foi mal. Eu xingo quando algo me agita.
Beijo.
Ivan.
Adorei!
ResponderExcluirPassarei por aqui outras vezes.
As coisas estão melhorando?
Não sei...
"ela não perde mesmo que queira, o sorriso largo e meio sarcástico no rosto. ela sorri de si mesma..."
ResponderExcluirAh, me identifiquei tanto com esta parte... e adoro tudo o que escreve!
Boa semana pra você, linda!
Beijos