'señorita, mas fina, who's that girl?'
Madonna.
outro dia ela sentiu vontade de organizar suas coisas que estavam espalhadas pelo seu quarto desde que ele foi embora. foi à rua, comprou vinho e cigarros, afinal, ela sempre gostou de dar uma pitada de prazer em tudo. começou pelas suas revistas de música, organizando-as por mês, e colocando empilhadinhas cuidadosamente, e aqui e acolá relia uma matéria ou outra, se perdendo entre beatles e elvis, madonna e metallica e várias de suas bandas favoritas.
enquanto separava os discos, ela percebia o quanto ela gostava de coisas diferentes uma da outra. o que ela não gostava era de ter limites musicais. seu critério era único: devia ter um 'quê' de especial. ela relia as matérias e fazia os mesmos comentários como se fosse a primeira vez que estivesse lendo. e sorria entre tragos, de sua tolice.
de tão distraída que é, nem notou que muitas horas já tinham passado, e ainda havia muita coisa pra pôr no seu devido lugar. logo que terminou de guardar suas revistas, sentou-se para tirar a poeira dos seus discos antigos. ela se deu conta de precisava de música pra continuar - é um erro mexer com lembranças sem música ao fundo. escolheu um disco que marcou sua infância, quando ela nem sabia o que significava 'virgin'. tirou da capa e colocou na vitrola seu primeiro disco da Madonna - Like a Virgin. e enquanto continuava a tirar a poeira dos outros ela cantava mais alto que a própria Madonna, acompanhando a música. como ela nunca soube ser normal, ela parou o que estava fazendo e se pôs a dançar. acendeu um cigarro, encheu sua taça de vinho, fechou os olhos e deixou a música entrar. colocou seu lado A e B pra fora, dançou e cantou sozinha como uma garota com alma, com vida. ela havia esquecido de quem ela era, e naquele momento lembrou-se que aquela era ela de verdade: alguém que dança sozinha. e sentiu uma paz fantasiada de felicidade naquela solidão. seguia o ritmo da música 'señorita mas fina, who's that girl?' e sorria se entregando aos prazeres etílicos. Madonna era amor antigo, gostava desde menina pequena. aos oito anos foi convidada pra uma festa a fantasia e cismou que só ia se fosse vestida de Madonna. e assim ela foi. nenhuma criança quis brincar com ela. nem a odalisca, nem a princesa e nem a barbie. afinal quem brincaria com uma menina vestida de meia arrastão preta, saia de tule preta, luvas pretas, botas, batom vermelho, correntes e unhas pretas? mas ela pouco ligou, afinal, ela era a própria estrela. e lembrando disso ela deu gargalhadas altas, que podiam ser ouvidas a km de distancia.
a cada minuto ela encontrava a si mesma em suas mil lembranças espalhadas pelo quarto em revistas e discos. já pela segunda garrafa de vinho, e alguns poucos cigarros, ela já se sentia dona de si, e se sentia levemente embriagada também. a tristeza tinha ido embora de vez, e de suas melhores lembranças ela tirou motivos pra seguir em frente. ela anotou num papel pra jamais esquecer 'quando minha música estava prestes a morrer, eu cantei e dançei' e colou no espelho do quarto. então colocou o disco do Faith no more pra ouvir sua música favorita...tomando a última taça de vinho e fumando seu derradeiro cigarro.
- foi quando se sentiu inteira de novo.
Madonna.
outro dia ela sentiu vontade de organizar suas coisas que estavam espalhadas pelo seu quarto desde que ele foi embora. foi à rua, comprou vinho e cigarros, afinal, ela sempre gostou de dar uma pitada de prazer em tudo. começou pelas suas revistas de música, organizando-as por mês, e colocando empilhadinhas cuidadosamente, e aqui e acolá relia uma matéria ou outra, se perdendo entre beatles e elvis, madonna e metallica e várias de suas bandas favoritas.
enquanto separava os discos, ela percebia o quanto ela gostava de coisas diferentes uma da outra. o que ela não gostava era de ter limites musicais. seu critério era único: devia ter um 'quê' de especial. ela relia as matérias e fazia os mesmos comentários como se fosse a primeira vez que estivesse lendo. e sorria entre tragos, de sua tolice.
de tão distraída que é, nem notou que muitas horas já tinham passado, e ainda havia muita coisa pra pôr no seu devido lugar. logo que terminou de guardar suas revistas, sentou-se para tirar a poeira dos seus discos antigos. ela se deu conta de precisava de música pra continuar - é um erro mexer com lembranças sem música ao fundo. escolheu um disco que marcou sua infância, quando ela nem sabia o que significava 'virgin'. tirou da capa e colocou na vitrola seu primeiro disco da Madonna - Like a Virgin. e enquanto continuava a tirar a poeira dos outros ela cantava mais alto que a própria Madonna, acompanhando a música. como ela nunca soube ser normal, ela parou o que estava fazendo e se pôs a dançar. acendeu um cigarro, encheu sua taça de vinho, fechou os olhos e deixou a música entrar. colocou seu lado A e B pra fora, dançou e cantou sozinha como uma garota com alma, com vida. ela havia esquecido de quem ela era, e naquele momento lembrou-se que aquela era ela de verdade: alguém que dança sozinha. e sentiu uma paz fantasiada de felicidade naquela solidão. seguia o ritmo da música 'señorita mas fina, who's that girl?' e sorria se entregando aos prazeres etílicos. Madonna era amor antigo, gostava desde menina pequena. aos oito anos foi convidada pra uma festa a fantasia e cismou que só ia se fosse vestida de Madonna. e assim ela foi. nenhuma criança quis brincar com ela. nem a odalisca, nem a princesa e nem a barbie. afinal quem brincaria com uma menina vestida de meia arrastão preta, saia de tule preta, luvas pretas, botas, batom vermelho, correntes e unhas pretas? mas ela pouco ligou, afinal, ela era a própria estrela. e lembrando disso ela deu gargalhadas altas, que podiam ser ouvidas a km de distancia.
a cada minuto ela encontrava a si mesma em suas mil lembranças espalhadas pelo quarto em revistas e discos. já pela segunda garrafa de vinho, e alguns poucos cigarros, ela já se sentia dona de si, e se sentia levemente embriagada também. a tristeza tinha ido embora de vez, e de suas melhores lembranças ela tirou motivos pra seguir em frente. ela anotou num papel pra jamais esquecer 'quando minha música estava prestes a morrer, eu cantei e dançei' e colou no espelho do quarto. então colocou o disco do Faith no more pra ouvir sua música favorita...tomando a última taça de vinho e fumando seu derradeiro cigarro.
- foi quando se sentiu inteira de novo.
nossa! sou eu de vestido neste texto!
ResponderExcluirFODA! muito bom!
a vida tem trilha sonora a cada segundo acredito mais nisso cegamente,por isso feliz aquele que vive intensamente valendo a pena cada nota da musica trilha sonora de sua vida.
ResponderExcluirEu vivo fazendo isso, dentro e fora da minha alminha.
ResponderExcluir[marcelão revelando seu lado fèmme]
Beijo.
Muito bom. As usual...
ResponderExcluirAi, que gostoso. Ter trilha sonora em qualquer coisa é como reter a memória na concretude de todos os sentidos.
ResponderExcluirE com vinho então...;)
Bjos
Eu teria brincado com você. Eu fui à mesma festa... fantasiada de Cher. :)
ResponderExcluirTão bom quando esses momentos acontecem. Música sempre ajuda na aparição deles e no reencontro com nossa parte perdida (ou esquecida).
ResponderExcluirÓtimo texto!
Beijo, moça!
cara esse seu blog é MUUITO massa, estou seguindo bjs!
ResponderExcluirE a Musica nunca para!
ResponderExcluirOtimo Texto!
Grande Abraço! Moça que Dança!
Sempre faço isso!
ResponderExcluirAlivia a alma!
Adoro dançaaaaar!
Muito bom o texto!!!
Viciante tua escrita!
=)
Beijos
uhmmm agora então entendi a sua frase... =D
ResponderExcluiré interessante como as vezes as lembraças nos levam a patamares de felicidade incríveis...
Só p finalizar... to aqui imaginando a menininha vestida de madonna!! hahahhahah
Bjaooo luna!
Calma... Calma....
ResponderExcluirDia 25...
;)
Bjinhos..
Ah, como é maravilhoso esse reencontro conosco, como é bom redescobrir a nossa essência, que estava guardada à espera de uma oportunidade de sair.
ResponderExcluirQuerida, muito obrigada pela visita e pelo carinho lá no blog. Desculpe a demora em vir aqui.
Um beijão e uma ótima semana.
É sempre bom organizar as coisas. e reorganiza-las, sempre.
ResponderExcluirAh adoro essa musica da Faith no More *--*
Que lindo... fora o cigarro, me vi dançando, cantando e bebendo algumas taças de vinho!
ResponderExcluirEste reencontro é delicioso! Aproveite!
Beijos